segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Notícia de assassinato para público popular




Os  textos a seguir pertencem a um trabalho realizado no curso Leitura e Escrita em  Contexto Digital e referem-se à proposta da   criação  de   uma    notícia popular  sensacionalista  sobre um assassinato  fictício. Foram previamente apresentados  alguns dos  acontecimentos em ordem cronológica, para que escrevêssemos, cada um a seu modo, a sua notícia.
      Venha conhecer nossos textos e comentar nosso trabalho!

Homem encontra cadáver banhado em sangue na 
porta de apartamento

Polícia interroga moradores do prédio em busca de pistas

          Ontem, por volta das 7 horas da manhã, um corpo sem documentos, foi encontrado do lado de fora da porta do apartamento do prédio de três andares chamado Xangrilá, situado no morro do Formiga. O morador do apartamento nº 33, Joaquim de Souza, 45, conhecido como Cateto, encontrou o corpo de um homem branco, aparentando 50 anos, caído na soleira da porta de seu apartamento.
          O morador afirma que ouviu a campainha, mas não viu ninguém no corredor, apenas um homem caído, um rastro de sangue pelo chão e pelas paredes. “ Quando vi aquele homem caído, e cheio de sangue, pensei que ele ainda tava vivo e encostei meu dedo nele, mas o cara tava frio e meio duro e com a camisa que era um vermelhão que era só sangue” - disse Joaquim.
        O Delegado responsável pelo caso disse que a perícia informou que o corpo estava com marcas grandes de perfuração, indicando que a arma utilizada foi um facão e não uma faca. Ainda segundo a perícia, o óbito teria ocorrido por volta da meia-noite de acordo com o estado da vítima. Um dos investigadores afirmou que os golpes não teriam sido desferidos na porta do apartamento e sim na escada, já que havia poças de sangue nos degraus e sinais de sangue indicando que a vítima se arrastou pelo corredor para pedir ajuda. “As investigações caminham na direção de uma vingança por dívida de tráfico de drogas, crime mais comum aqui no morro - afirmou o policial. “Resta pra gente que mora aqui, esperar que a polícia investigue enquanto a gente vai vivendo com o medo”- desabafou Maria de Jesus Pereira da Silva, moradora do 1º andar do prédio Xangrilá.    
Gisele Balielo Zanatta  

Cadáver  Retalhado à SANGUE FRIO é encontrado na porta da casa de um aposentado na Zona Leste da capital


Polícia acredita ser vingança 

Ontem, por volta das 7 horas, um corpo foi encontrado na porta de um morador do bairro Xangrilá, na zona leste de SP. O morador da casa, Joaquim de Souza, 72, encontrou o corpo de um homem branco, com aproximadamente 27 anos, caído na soleira da porta de seu apartamento.
O corpo estava com marcas de estrangulamento, levou 28 facadas, sendo 15 no rosto o que impede o reconhecimento do corpo já que não havia documentos que identificasse a vítima.
 Todos os vizinhos foram ouvidos pela polícia e ninguém reconheceu a vítima. Nenhuma pista foi descoberta, O morador que achou o corpo foi levado ao 38º DP para maiores esclarecimentos e foi liberado depois de 2 horas, por falta de provas em seu envolvimento no crime. O morador afirmou em primeira mão, que ouviu a campainha, mas não viu ninguém no corredor, apenas um homem caído. “ Quando vi aquele homem caído, pensei que ele podia ter vida ainda,  mas vi seu rosto dilacerado, achei ele parecido com o Zé do Pó, um drogado que anda pelo bairro pedindo dinheiro prá puxar droga e encostei meu dedo nele, mas o cara tava frio e meio duro, e então liguei na hora para a polícia, era muito sangue nem sei se consigo tirar isso da minha porta ou vou ter que pintar, cadê a nossa segurança? Aonde vamos parar com tanta violência! tanto sangue! eu não volto mais pra lá” - disse Joaquim.
 O Delegado responsável pelo caso informou que o corpo estava com vinte e oito perfurações feitas à facadas, e o assassinato teria ocorrido próximo ao local, pois havia poças de sangue no chão e nas imediações seguindo um rastro de sangue para um beco ali próximo. “As investigações caminham na direção de uma vingança por dívida de drogas, já que a perícia constatou o uso de entorpecentes pela vítima.”- afirmou o investigador que não quis comentar mais o fato. Resta aos moradores aguardar as investigações e conviver com o medo.

A descrição acima, é uma das atividades do nosso curso, correspondente ao módulo três, onde devemos relatar uma notícia direcionada para classe C sendo bem sensacionalista.


 

Uma notícia popular

Olá,

Esta nova postagem é fruto da lida que tivemos no terceiro módulo do curso, onde trabalhamos com diferentes tipos de discursos, desde aqueles direcionados aos estamentos menos letrados da sociedade até produções textuais mais elaboradas que visavam pessoas com um letramento mais sofisticado. Os textos foram produzidos a partir de uma sequência de acontecimentos que, por assim dizer, era apenas um esqueleto que foi revestido pelas diferentes modalidades do discurso. No caso do texto abaixo, trata-se de uma notícia a ser veiculada para a população menos letrada, a notícia é fictícia - claro. Espero que o leitor perceba a modalidade textual que determina a redação de uma notícia desse tipo, como uma linguagem sem sofisticação, e uma texto agudo, isto é, que vai direto ao ponto, sendo sensacionalista também. Boa leitura:


Morador encontra homem morto brutalmente na manhã de hoje

O morador de uma casa situada em Cidade Tiradentes, extremo norte da cidade e São Paulo, ao acordar pela manhã de hoje, para ir ao trabalho, segunda-feira dia 05/11/2012, encontrou um homem baleado e esfaqueado em sua soleira, o cadáver estava banhado em sangue e parecia ter sido morto há pouco tempo, já que o cadáver estava ainda quente quando o morador o encontrou. Até o momento não se sabe quem cometeu o crime, o morador apenas disse que foi atender ao chamado da campainha que havia tocado e encontrou a cena horripilante de um cadáver sobre uma grande poça de sangue à frente de sua porta. A polícia investiga o caso e não tem nenhuma informação que possa explicar o que aconteceu, já que o morto estava sem documentos e ninguém afirma conhecê-lo, a polícia trabalha com a a explicação de tentativa de comprometer o morador que encontrou o corpo, e também não descarta a possibilidade do próprio morador ter cometido o homicídio, ainda existe a opção de ser mais umas das muitas mortes que estão acontecendo na cidade por conta do conflito entre bandidos e policiais que suja as ruas de sangue ultimamente e ameaça a segurança da população.

Henrique Ap. Marson

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Passagem para outros mundos
Uma estante cheia de livros
É uma passagem para outros mundos.
Um mundo desconhecido,
a ser desvendado... 
E nessa  aventura aprendemos
muito mais, em minutos,
o que levaríamos anos
para saber. 
É uma jornada em que jamais voltamos 
do mesmo jeito que fomos.
Transformamo-nos em outro ser.
                                                 Gisele

Borges, nosso aedro.

Lendo Borges eu sempre me recordo de Platão. O filósofo grego dizia que a verdade não se dissocia do belo e do bom. Tal ideia é encarnada nos escritos de Borges. O escritor argentino possui uma erudição tremenda, consegue aglutinar dois milênios de sabedoria em apenas um parágrafo sem resvalar na superficialidade. Borges escreve como literato, mas tem sabedoria de filósofo. Ele faz parte dos poucos que conseguem expressar a ideia platônica de verdade sempre boa e bela, afinal a profundidade de Borges é inegável e sua estética incontornável. Em BORGES ORAL, temos o escritor já cego, o que deveria ser uma afronta, mas como gênio que é, Borges converte tal empecilho em estímulo, para transformar-se numa espécie de aedro do nosso tempos, aquele que professa a verdade oralmente, dando mais vida e realidade às suas ideias. Termino citando-o:

"Um escritor; ou todo homem, deve pensar que tudo que lhe ocorre é um instrumento; todas as coisas lhe foram dadas para determinado fim - e isso tem de ser mais forte no caso de um artista. Tudo o que acontece a ele, inclusive as humilhações, as vergonhas, as desventuras, todas essas coisas lhe foram dadas como argila, como matéria-prima para sua arte; ele tem de aproveitá-las. Por isso já falei num poema do antigo alimento dos heróis: a humilhação, a desgraça, a discórdia. Essas coisas nos foram dadas para que as transmutemos, para que façamos, da miserável circunstância de nossa vida, coisas eternas ou que aspirem a sê-lo"

sábado, 20 de outubro de 2012

Vivências com Leitura.


Olá,

Agora, nesta nova postagem, vamos dizer quais foram nossas experiências significativas com o ato de ler. Como fomos iniciados no deleite literário, enfim vamos contar nossas vivências com a leitura:

HENRIQUE AP. MARSON

A leitura pra mim é sobretudo um prazer fundamental, que é impensável não tê-lo. Com tal proposição já mostro o papel que a leitura desempenha na minha vida. Minhas experiências com a palavra escrita são todas prazerosas, as que não o foram possibilito duas opções: ou não as compreendi adequadamente; ou são ruins mesmo. Em minha casa não houve, por assim dizer, incentivo à leitura, pois meus pais não são leitores. Descobri esse prazer quase que por conta própria, cresci lendo a série Harry Potter, que me fez despetar para o gozo literário que hoje tenho o prazer do desfrute através de mestres como Tolstói, Borges, Garcia Márquez, Nietzsche, Platão, Machado de Assis, Saramago, Bukowski e tantos outros. A leitura é a condição para a construção do sentido, as obras literárias, para mim, são como o terreno através do qual semeio e germinam as sementes do sentido do mundo, são, acima de tudo, os frutos que colho e que me nutrem intelectualmente, ou dito em outras palavras, que me nutrem humanamente, pois não há algo que nos faz humanos senão a palavra, sobremaneira a palavra escrita. Os pensamentos são encarnados nos livros, as ideias que pululam a todo momento em nossas mentes podem se tornar carne e gênio na escrita, podem se tornar mais reais do que são à medida em que o outro pode também ter contato com elas, fazendo que sua realidade sofra uma expansão de mim ao outro, ou até mesmo à todos. O respeito, o reconhecimento do outro que tanto prezo, e que imagino que qualquer homem que se importe com a ética preze também, pode ser expresso de modo real e pleno na escrita, na escuta atenta ao que o outro tem a dizer, este que é o princípio básico da ética, do respeito. Em suma, a leitura me proporciona experiências ímpares, e em demasia, ao ponto que as encerro por aqui, pois todos nós temos alguma história para narrar daquele que é um dos aspectos intangeciáveis da nossa existência sem essência: a linguagem escrita.

GISELE BALIELO ZANATTA

Minha primeira experiência sobre leitura, se é que conta, é anterior à fase escolar. Tive contato com alguns livros que minha mãe lia para mim e meu irmão. Tínhamos uma coleção de Fábulas Encantadas (completas e não as adaptadas pela Disney) e outra do Sítio do Pica-pau Amarelo que encantaram minha infância de todas as formas possíveis. Quando minha mãe não podia ler, eu olhava as gravuras delicadamente traçadas e me encantava, principalmente, com as princesas e seus vestidos. Um exemplo desses livros serem tão marcantes foi que  meu vestido de casamento seguiu o mesmo modelo de um daqueles. Também tive a sorte de ter minha avó materna, Aurora, conhecida por vó Lola, que era uma contadeira de histórias de mão cheia. Fazia caras e bocas, vozes diferentes para cada personagem, ela era de outro mundo. As histórias que ela contava, eram populares e aprendera de ouvido. Através da internet, descobri que elas tiveram origem na idade média, como a “Cara de pau”( de origem russa) e o “Leite da Burra”( de origem portuguesa). Depois deram-me uma vitrolinha e disquinhos infantis. A sonoplastia era perfeita, grandes atores davam vida aos personagens, algumas histórias eram verdadeiros musicais, tudo parecia tão real e emocionante. Era o meu mundo fantástico, onde ria, chorava, lutava e me aventurava por mundos desconhecidos. Até aí foi pura fantasia.
        Na escola, conheci Cazuza (lido pela professora na classe), Meu pé de laranja lima, Heidi, Poliana, todas belas histórias, mas diferentes, mais realistas. Aprendi que a vida poder machucar muito as pessoas, e as pessoas também podem ferir-nos, é como se eu caísse das nuvens, mas amadureci. Os primeiros livros que comprei, escolhidos apenas por mim foram “Sabotagem no planeta vermelho” e “Puck, amazona”, escolhidos num catálogo que a professora da 5ª série nos mostrou para comprar. Eram caros naquela época. Eu tinha 10 anos e lembro o dia em que os livros chegaram, foi muita emoção. Adorei as histórias, eram de aventura.
       Para mim, o importante é fazer com que o aluno perceba, desde cedo, a importância do livro, tratá-lo como algo mágico mesmo. Principalmente para aqueles que não tiveram a sorte de ter incentivo em casa. A hora da leitura precisa ser vista como a mais importante da escola, a hora da “festa”. No futuro das crianças, a leitura deve ser vista como algo crucial para suas almas, pois é ela que os terá moldado.

ISABEL ELOISA NAVARRETE CATALAN

Minha primeira experiência com leitura foi aos sete anos, onde estudava em um colégio de freiras e ganhei um livro da turma da Mônica sobre a importância de ir à Igreja, era um livro bem pequeno e fino, e por ser meu primeiro livro, li e reli várias vezes, a cada leitura apareciam fatos novos que antes haviam passado despercebido, fiquei tão encantada com isso que comecei a ler todos os livros que eram dos meur irmãos, então li O menino Maluquinho, livros da coleção Vaga Lume que eu adorava, com sua histórias envolventes, lia e relia e meus pais me incentivam muito à leitura, lembro de ver meus pais lendo livros de ficção e depois comentando entre eles, achava isso fascinante. Minha mãe sempre me dizia uma frase que eu nunca vou esquecer e que sempre falo para meus alunos "Tudo, qualquer coisa que você queira saber, está escrito em algum lugar, basta procurar..."
Seguindo as palavras de minha mãe, lia tudo que meus professores pediam, tive a chance de ter professores ótimos que incentivavam a leitura, a escola exigia que em cada matéria, o professor direcionasse dois livros por ano.
Hoje, acho uma pena que os alunos não queiram ler, acredito que não é falta de incentivo, mas a sociedade mudou, diante da revolução tecnológica que vivemos dia após dia, os interesses dos alunos se limitam as redes sociais, e-mails que muitas vezes não acrescentam nada e a triste realidade que vejo é que diante de tanta bagagem literária que a internet oferece, não há interesse desses alunos buscarem conhecimentos, ao contrário, tenho a sensação de que há uma barreira que eles colocam diante dos olhos, onde o único interesse são as redes sociais e a vida das pessoas.

JANETE ANGELO

Comecei a ler aos cinco anos, minha querida mãe me incentivava muito, comprava vários gibis da turma da Mônica, então, quando começava ler, era tudo tão emocionante, tão mágico. Até os dias de hoje adoro ler gibis e literatura juvenil.

Os autores.



Nossa primeira postagem é dedicada a esclarecer quem somos, para tal vamos nos valer do nosso perfil divulgado no âmbito do curso que estamos a realizar.

HENRIQUE AP. MARSON

Sou da disciplina de filosofia ;) e gosto bastante de ler e de jogos eletrônicos.

ISABEL ELOISA NAVARRETE CATALAN

Ola, meu nome é Isabel, sou professora de História em Mogi das Cruzes, iniciei no Magistério recentemente, ( neste ano) e tudo tem sido novidade para mim, estou gostando do curso, espero poder ser mais frequente no fórum e se alguém tiver alguma dica, vou aceitar com o maior prazer!

GISELE BALIELO ZANATTA

Sou formada pela Universidade Estadual de Londrina, professora de Português há 23 anos na rede pública e há 18 na rede particular. O que mais gosto de fazer nas horas livres é ler e assistir à bons filmes, mas meu hobbie é fazer trabalhos manuais. Não tenho muita afinidade com blogs ou facebooks, pois sou muito reservada. Não tenho um livro preferido, e sim autores, por exemplo, Machado de Assis, Clarice Lispector, Ligia f. Telles, Luís F. Veríssimo, entre outros. Meu sonho é morar no litoral e conhecer a Europa. Espero aprender ainda mais com este curso e aplicar em minhas práticas de ensino. Obrigada pelo acolhimento. Um bom curso a todos!

JANETE ANGELO

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ... Que já têm a forma do nosso corpo ... E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares ... É o tempo da travessia ... E se não ousarmos fazê-la ... Teremos ficado ... para sempre ... À margem de nós mesmos...

Fernando Pessoa

GLAUCE MIRELI

Sou professora de Língua Portuguesa, atualmente leciono em uma escola da rede estadual em Auriflama.Amo ser educadora.Gosto de ler e assistir filmes,um filme marcante para mim é o  "Como estrelas na terra". Adoro estar com a minha família. Acredito que este curso será uma experiência maravilhosa. Bom estudo para todos!