Olá,
Agora, nesta nova postagem, vamos
dizer quais foram nossas experiências significativas com o ato de ler. Como
fomos iniciados no deleite literário, enfim vamos contar nossas vivências com a
leitura:
HENRIQUE AP. MARSON
A leitura pra mim é sobretudo um
prazer fundamental, que é impensável não tê-lo. Com tal proposição já mostro o
papel que a leitura desempenha na minha vida. Minhas experiências com a palavra
escrita são todas prazerosas, as que não o foram possibilito duas opções: ou
não as compreendi adequadamente; ou são ruins mesmo. Em minha casa não houve,
por assim dizer, incentivo à leitura, pois meus pais não são leitores. Descobri
esse prazer quase que por conta própria, cresci lendo a série Harry Potter, que
me fez despetar para o gozo literário que hoje tenho o prazer do desfrute
através de mestres como Tolstói, Borges, Garcia Márquez, Nietzsche, Platão,
Machado de Assis, Saramago, Bukowski e tantos outros. A leitura é a condição
para a construção do sentido, as obras literárias, para mim, são como o terreno
através do qual semeio e germinam as sementes do sentido do mundo, são, acima
de tudo, os frutos que colho e que me nutrem intelectualmente, ou dito em
outras palavras, que me nutrem humanamente, pois não há algo que nos faz
humanos senão a palavra, sobremaneira a palavra escrita. Os pensamentos são
encarnados nos livros, as ideias que pululam a todo momento em nossas mentes
podem se tornar carne e gênio na escrita, podem se tornar mais reais do que são
à medida em que o outro pode também ter contato com elas, fazendo que sua
realidade sofra uma expansão de mim ao outro, ou até mesmo à todos. O respeito,
o reconhecimento do outro que tanto prezo, e que imagino que qualquer homem que
se importe com a ética preze também, pode ser expresso de modo real e pleno na
escrita, na escuta atenta ao que o outro tem a dizer, este que é o princípio
básico da ética, do respeito. Em suma, a leitura me proporciona experiências
ímpares, e em demasia, ao ponto que as encerro por aqui, pois todos nós temos
alguma história para narrar daquele que é um dos aspectos intangeciáveis da
nossa existência sem essência: a linguagem escrita.
GISELE BALIELO ZANATTA
Minha primeira experiência sobre
leitura, se é que conta, é anterior à fase escolar. Tive contato com alguns
livros que minha mãe lia para mim e meu irmão. Tínhamos uma coleção de Fábulas
Encantadas (completas e não as adaptadas pela Disney) e outra do Sítio do
Pica-pau Amarelo que encantaram minha infância de todas as formas possíveis.
Quando minha mãe não podia ler, eu olhava as gravuras delicadamente traçadas e
me encantava, principalmente, com as princesas e seus vestidos. Um exemplo
desses livros serem tão marcantes foi que
meu vestido de casamento seguiu o mesmo modelo de um daqueles. Também
tive a sorte de ter minha avó materna, Aurora, conhecida por vó Lola, que era
uma contadeira de histórias de mão cheia. Fazia caras e bocas, vozes diferentes
para cada personagem, ela era de outro mundo. As histórias que ela contava, eram
populares e aprendera de ouvido. Através da internet, descobri que elas tiveram
origem na idade média, como a “Cara de pau”( de origem russa) e o “Leite da
Burra”( de origem portuguesa). Depois deram-me uma vitrolinha e disquinhos
infantis. A sonoplastia era perfeita, grandes atores davam vida aos
personagens, algumas histórias eram verdadeiros musicais, tudo parecia tão real
e emocionante. Era o meu mundo fantástico, onde ria, chorava, lutava e me
aventurava por mundos desconhecidos. Até aí foi pura fantasia.
Na escola, conheci Cazuza (lido pela
professora na classe), Meu pé de laranja lima, Heidi, Poliana, todas belas
histórias, mas diferentes, mais realistas. Aprendi que a vida poder machucar
muito as pessoas, e as pessoas também podem ferir-nos, é como se eu caísse das
nuvens, mas amadureci. Os primeiros livros que comprei, escolhidos apenas por
mim foram “Sabotagem no planeta vermelho” e “Puck, amazona”, escolhidos num
catálogo que a professora da 5ª série nos mostrou para comprar. Eram caros
naquela época. Eu tinha 10 anos e lembro o dia em que os livros chegaram, foi
muita emoção. Adorei as histórias, eram de aventura.
Para mim, o importante é fazer com que o
aluno perceba, desde cedo, a importância do livro, tratá-lo como algo mágico
mesmo. Principalmente para aqueles que não tiveram a sorte de ter incentivo em
casa. A hora da leitura precisa ser vista como a mais importante da escola, a
hora da “festa”. No futuro das crianças, a leitura deve ser vista como algo
crucial para suas almas, pois é ela que os terá moldado.
ISABEL ELOISA NAVARRETE CATALAN
Minha primeira experiência com
leitura foi aos sete anos, onde estudava em um colégio de freiras e ganhei um
livro da turma da Mônica sobre a importância de ir à Igreja, era um livro bem
pequeno e fino, e por ser meu primeiro livro, li e reli várias vezes, a cada
leitura apareciam fatos novos que antes haviam passado despercebido, fiquei tão
encantada com isso que comecei a ler todos os livros que eram dos meur irmãos,
então li O menino Maluquinho, livros da coleção Vaga Lume que eu adorava, com
sua histórias envolventes, lia e relia e meus pais me incentivam muito à
leitura, lembro de ver meus pais lendo livros de ficção e depois comentando
entre eles, achava isso fascinante. Minha mãe sempre me dizia uma frase que eu
nunca vou esquecer e que sempre falo para meus alunos "Tudo, qualquer
coisa que você queira saber, está escrito em algum lugar, basta
procurar..."
Seguindo as palavras de minha mãe,
lia tudo que meus professores pediam, tive a chance de ter professores ótimos
que incentivavam a leitura, a escola exigia que em cada matéria, o professor
direcionasse dois livros por ano.
Hoje, acho uma pena que os alunos
não queiram ler, acredito que não é falta de incentivo, mas a sociedade mudou,
diante da revolução tecnológica que vivemos dia após dia, os interesses dos
alunos se limitam as redes sociais, e-mails que muitas vezes não acrescentam
nada e a triste realidade que vejo é que diante de tanta bagagem literária que
a internet oferece, não há interesse desses alunos buscarem conhecimentos, ao
contrário, tenho a sensação de que há uma barreira que eles colocam diante dos
olhos, onde o único interesse são as redes sociais e a vida das pessoas.
JANETE ANGELO
Comecei a ler aos cinco anos,
minha querida mãe me incentivava muito, comprava vários gibis da turma da Mônica,
então, quando começava ler, era tudo tão emocionante, tão mágico. Até os dias
de hoje adoro ler gibis e literatura juvenil.